Para esta demonstração do Teorema de Pitágoras, utilizaremos as relações métricas da circunferência associadas à potência de um ponto.
Vamos primeiramente entender o que é a potência de um ponto.
Definição de potência de um ponto
Na Geometria Plana a potência de um ponto P é definida como o produto de todas as suas distâncias aos pontos gerados na intersecção de uma reta que passe por P e por uma circunferência dada.
Podemos ter 2 casos, sendo o ponto P exterior ou interior à circunferência.
1) O ponto P é exterior à circunferência
O ponto P é a intersecção das retas r e s e está localizado no exterior da circunferência. Assim:
PA⋅PB=PD⋅PCPode ocorrer de uma das retas (ou ambas) serem tangentes à circunferência. Assim, para apenas uma das retas tangentes, temos:
PA⋅PB=PC2
E para ambas as retas tangentes à circunferência:
2) O ponto P é interior à circunferência
O ponto P é a intersecção das retas r e s e está localizada no interior da circunferência. Assim:
AP⋅PB=DP⋅PCO Teorema de Pitágoras
Vamos considerar um triângulo retângulo ABC:
Construímos duas circunferências de diâmetros iguais aos catetos, cujos centros encontram-se sobre os pontos médios desses catetos:
O ponto D é a intersecção das circunferências sobre a hipotenusa e é o pé da perpendicular baixada de C.
Como o segmento CD é perpendicular a AD, logo divide o triângulo ABC em outros dois triângulo retângulos: ACD e BCD.
Como AC é tangente à circunferência BDC, utilizamos a propriedade da potência de um ponto:
AC2=AB⋅ADAnalogamente, como BC é tangente à circunferência ADC, temos:
BC2=BD⋅ABSomando as equações (1) e (2), obtemos:
AC2+BC2=AB⋅AD+BD⋅AB AC2+BC2=AB(AD+BD)Mas, como AD+BD=AB, temos:
AC2+BC2=AB2Demonstrando, assim, o Teorema de Pitágoras.
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